
Márcio a viu de passagem, num domingo, quando a mesma voltava do culto. Nem a viu direito, mas quando ela passou... «Meu Deus! Que dorso era aquele!» Pensou... Pensou... Deu a volta no quarteirão correndo, quando fez dois lados do quadrilátero urbado, avistou Gisele. Diminuiu a marcha. E quando estava cruzando com seu alvo, soltou a isca:
- Moça, eu estava procurando um templo...
Logo, foi interropido pela jovem:
- O da Santidade Maior da Graça Divina do Senhor?!
Ele, estupefato com a beleza de Gisele, disse:
- Esse mesmo!
Ela retrucou:
- Fica na rua paralela, acabo de sair de lá, que coincidência! Mas hoje nem tem mais culto...
A bela santidade era uma tagarela quando o tema era religião. Enfim, naquele encontro Márcio conseguiu o telefone dela e o acerto de irem ao culto no domingo seguinte.
Foram meses de uma atuação impecável. Márcio traçou a seguinte linha performática: era um ex-viciado em sexo. Seu pecado era a luxúria! Mas na fé, encontrou solução para o problema. A amizade religiosa virou um namorico santo. Nessa fase, sob o pretexto de se entregarem em alma, Gisele pedia que Márcio «confessasse» seus maiores pecados pretéritos. Enquanto ele e sua mente insana produziam as estórias mais calientes que era possível de se imaginar, a sua dileta ouvinte fervia. Era uma erupção contida, que provocava uma implosão nervosa, como resultado de uma profusão de sinapses.
Gisele não era virgem. Ledo engano amigos inocentes! Ela tinha sido uma garotinha levada. Obviamente, sua versão era outra. Disse a Márcio que um garoto tinha se aproveitado dela. Que ela só tinha quinze anos e, por isso já se penitenciou muito, etc.

Passo a passo, Márcio conseguiu evoluir nas carícias. Até que a coisa perdeu o controle. Estavam na casa dela, quando a mãe da santinha saiu para ir ao salão. Teriam, pela primeira vez, umas três horas para se dedicarem ao prazer. Não deu outra! Gisele tirou toda a armadura têxtil que a envolvia. Restou só a blusinha, entre um amasso e outro, já estava de calcinha. Ela usava uma cinta-liga! Márcio incendiado já estava nú fazia tempo! Ela o manipulava literalmente com fervor. Ele, então, rasgou-lhe a calcinha e a possuiu com vigor. A bela Gisele, quando deu por si, já estava tomada por uma energia cósmica indescritível e gritava:
- Ai! Ai meu Deus! Meu Deus! Ai!
Márcio enlouquecido de excitação soltou a pérola:
- Vou foder essa buceta, sua gostosa!
A máscara caiu. Foi como um sinal de alerta, mais, um sinal vermelho de perigo, um alrme. Gisele o empurrou, afastou-se e disse:
- Nossa! Marcinho! Que coisa mais feia! Que pecado! Meu Deus, o que távamos fazendo!?? Viu só? Você já estava me tratanto como uma meretriz!
Márcio inquieto, ofegante e arrependido:
- Meu amor! Me desculpe! É que você me deixa louco! Perdoe-me! Venha aqui...
Ela retrucou;
- Não! Não está certo! Estamos em pecado. E o que você falou foi horrível...
Ele investiu:
- Minha santinha, eu te amo! Você sabe disso! Venha aqui!
Começou a beijá-la. E logo ela foi cedendo... até que a entrega foi total novamente. Voltaram os «Ai meus Deus!». De repente, ela o empurra novamente e fala:
- Nunca mais fale aquilo! Ouviu Márcio Cruz!??
O crápula então se superou, nos seguintes termos;

- Ou meu docinho... Me fale então como eu chamo essa graça que você possui aqui? Tão... ai... tão fervorosa, linda... me diga!
Sem raciocinar mais direito, a Gisele em êxtase respondeu;
- Chama ela de «dita cuja»!
Márcio finalmente bradou:
- Hoje será o apocalipse meu bem! Sua «dita cuja» finalmente encontrou minha «dita dura»!!!
Lá ao longe, um vizinho escutou em tom estridente um «Amém!!!». Achou que era mais uma celebração da imaculada Gisele. Não sabia ele que a «DITA CUJA» estava em redenção.